quinta-feira, 2 de setembro de 2010

19 Anos

Dezenove: expectativa de vinte.
Uma nova porta se abriu, me convidando para brindar a juventude. É essa a fase onde o céu é mais azul, as noites mais curtas e o espelho, um trófeu.
Os sentimentos agora transbordam. Tudo exageradamente sentido:
Se é amor é muito amor;
Se é ódio é muito ódio;
Se é festa, Carnaval;
Se é domingo, tédio;
Se for briga, solidão;
Se silêncio, musica.
É hora de procurar independência, colher os frutos maduros, mirar o alvo errado, mirar de novo, errar de novo.
É tempo de se colorir, seja de verde, azul, amarelo ou carmim.
Encontrar a própria tribo, compor as suas canções, configurar o perfil.
É o inicio da luta contra a hipocrisía, de pensar na natureza sem parecer careta, de querer ser um profissional de sucesso, de viver um grande amor.
Dezenove anos, vontade de tudo ao mesmo tempo. Vontade de atrevir sem pensar no amanhã, de sentir sem desequilibrar, de opinar, modificar, finalizar e recomeçar. Vontades que vem derrepente e no fim da tarde já se tranformaram.. Vontade de morar sozinho, mas sem contas pra pagar. Querer ir sem pensar em voltar, vontade do novo, do desconhecido. É estar grávida do futuro e querer morder a lua. É fazer amizades todos dias e sentir saudade dos que se mudaram e se ainda não foram, ainda vão.
Lembranças... agora, começa a nostalgia da infância, essa que vai ficando cada vez mais distante.
Dezenove é pouco pra quem já passou, é morno pra quem não chegou, e intenso para quem tem flores para colher antes de começar os vinte.

2 comentários:

  1. Também amei o seu texto! Adoro essas poesias prosadas que você faz.

    Parabéns, Thammy. Que venham comecem as estações! Mas, sem analisar, oka? ;D
    Beijo. Amo-te.

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