segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Breve

Vai Outubro, vai embora.
Leva o peso dolorido desses dias pra longe.
Vai Outubro, deixa a Primavera de Novembro trazer esperança e recomeço.
Quem disse que não se pode renascer no fine do ano?

Observação

Dia desses, comentando sobre o Blog com um amigo, eis que contrariado ele disse: ''Poxa, nos seus textos você só fala dos amores que não deram certo... de alguém que sempre te abandona..'' decididamente me senti o ser humano mais mal amado da face da Terra.
Malditos amores que não deram certo e pilantras os tantos que me abandonaram, porém, visivelmente, são eles a tinta da minha caneta.
Depois disso fiquei meio receosa, tentei escrever sobre felicidade, mas felicidade é tão mais difícil de sentir e custoso de definir que acabei me entristecendo só de saber que não conseguiria.
Tenho tanto para ser alegre, ou simplismente para deixar essas perdas no passado. Mas, é a força da amargura que me impulsa a escrever.
Não sei se sou feliz, sei que sou mal-agradecida.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Igual, mas diferente.

Ainda tem o seu perfume na minha roupa, ainda seu sorriso num domingo de sol. Por que a minha boca cala quando eu sinto sua falta?
Ainda tem você nos planos pra daqui dez anos, ainda tem sua foto da estante me olhando.
O ursinho de natal ainda enfeita a cama, ainda disparo o coração quando avisto o seu carro.
Ainda imagino que é você quando o telefone toca e imagino que seria você nas segundas-feiras cansativas que ele nunca mais tocou. Ninguém perguntou como foi meu dia. Mais eu ainda penso na resposta como se perguntar você fosse.
Ainda minhas pegadas no caminho pra sua casa, ainda o seu numero já discado esperando a coragem pra ligar.
Ainda passo pelos mesmos lugares e também te vejo passar. A noite, me agrada aquele som de sempre, as mesmas canções, o mesmo perfume, o mesmo batom que você gostava.
Tudo continua igual. Só não existe mais você e nem eu. Nem junto, nem separado. Eu era alguém, você era outrem. O cenário é o mesmo, os personagem que mudaram.

Sonho é sonho, oras.

Hoje acordei confundindo a perna com o céu da boca.
Não pode ser ilusão, eu vi você aqui. Tão real, assim perto de mim. O sorriso que faz sorrir, a voz que enche e colore meu coração.
Sonho deveria ser voluntário e eu não desejaria sonhar com você nunca mais. é uma felicidade artifialmente dolorosa ao acordar.
Me impressiona tamanha covardia, vem quando estou inconsciente, mobilizada.
Literalmente, me rende.
Depois que o despertador me acorda você já foi embora. Rouba a cena e saí calado.
Olha, não te quero mais sonhar. Não quero mais acordar confundindo o que foi sonho do que é real e passar o resto do dia acreditando que você também se lembrará de mim.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010